relacionamento a três

RELACIONAMENTO POLIAMOROSO: “Durmo na mesma cama com a minha namorada e a nossa ex”

Para se ter uma ideia, são mais de 22 mil inscritos no YouTube e mais de 13 mil no Instagram, que agora acompanham uma nova rotina, a da separação.

Elas formavam o trisal “Happy in Three” (Feliz em Três, em tradução livre). Além de um blog, um canal no YouTube e um perfil conjunto no Instagram, as três compartilhavam detalhes da experiência poliamorista em um grupo de WhatsApp com os fãs. E são milhares. Para se ter uma ideia, são mais de 22 mil inscritos no YouTube e mais de 13 mil no Instagram, que agora acompanham uma nova rotina, a da separação.

“Faz menos de um mês que a gente terminou. A Thaís resolveu que quer seguir sozinha, então ficamos eu e a Cláudia, porém a gente ainda mora junto. A primeira semana foi muito complicada. Cada uma ficava num canto, tentando segurar o choro, mas agora a gente tá tentando manter um comportamento que não deixe nenhuma das três desconfortável. Quando eu fico sozinha com a Thaís bate aquela saudade, aquela vontade de agarrar, de beijar, de pedir pra voltar – até porque como foi ela que terminou, ainda tem um sentimento da minha parte. Acho que da parte da Cláudia também, afinal foram dez anos de relacionamento”, revela Adriane, que repaginou o canal e as mídias sociais do trio, transformando o que antes era “Happy in Three” em “Apartamento 26”. O novo conteúdo, a youtuber cria e apresenta sozinha: sai a rotina, entram os temas ligados a sexo e relacionamento.

O começo

Thaís e Cláudia estavam juntas há nove anos quando conheceram Adriane numa festa. “Achei a Thaís muito bonita e começamos a conversar. Ela falou que tinha um relacionamento ‘semi-aberto’ e explicou que, juntas, gostavam de ficar com outras pessoas. Eu ‘tava’ solteira, elas chamaram pro apartamento, e me interessei muito pelas duas, elas tinham um papo muito bom… E a gente conversou a noite inteira.”

“Era só pra rolar putaria, mas…”

Adriane, que já namorou rapazes, mas se identifica como lésbica, só tinha vivido relacionamentos monogâmicos até então. “Nunca tinha participado de nenhum ménage ou me envolvido com nenhum tipo de casal. Era só pra rolar putaria mesmo, fetiche, mas acabou que rolou um pouco mais. A gente se interessou muito uma pela outra e isso se repetiu umas duas, três, quatro vezes, e a gente se apaixonou, as três, ao mesmo tempo! Quando eu vi, metade das minhas coisas já estavam no apartamento e elas me fizeram um pedido oficial de namoro, me entregaram uma aliança e a gente ficou um ano e meio juntas.”

“A Thaís ainda dorme com a gente, mas ela pretende montar outro quarto pra ela – temos dois. Tudo depende do que ela vai decidir ainda, está meio incerto se ela vai ficar no apartamento, morando conosco, ou vai pra Portugal, onde a família dela mora. O mais importante de tudo num relacionamento, seja ele trisal, casal, o que seja, é o diálogo. Diálogo e respeito. Respeitando o parceiro e o espaço do parceiro, não tem como dar errado. A não ser que outros fatores aconteçam. Normalmente, ao fim de um relacionamento, as pessoas tendem a enaltecer os defeitos das outras, e a parte boa do que foi vivido é enterrada. Acho que se as pessoas se lembrassem da parte boa, não existiria tanto ódio quando se fala de ex”, conclui.

Fonte: UOL
Créditos: UOL