Gameterapia

Projeto arrecada jogos de videogame para ajudar no tratamento de pacientes com câncer

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Além de ser a principal referência em tratamento oncológico da rede pública no Pará, o hospital Ophir Loyola agora também está com uma bela iniciativa, chamada “Gameterapia”. A campanha está arrecadando jogos para pacientes com câncer, facilitando o tratamento e ajudando na recuperação.

A ação, iniciada pela terapeuta ocupacional Márcia Nunes e sua aluna Izabelle Frazão, pretende angariar outros games para os mais de 200 pacientes na seção de oncologia do local. Há pouco tempo, as profissionais contavam apenas com um Xbox 360 emprestado e uma edição de PES 2012.

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“Este videogame é nosso filho único”, brinca Márcia. “Agora nós ganhamos ele para o hospital, e eu também peguei um Just Dance emprestado para os pacientes. É bom ter uma variedade de jogos para agradar a todos.”

A especialista lida com pessoas de todas as idades: “Por isso começamos a campanha, nem sempre gostam de jogo de futebol. Todo mundo quer jogar, nós revezamos e nos viramos para dar um jeito. Outro dia, uma senhora de 61 anos comentou que nunca imaginou que aprenderia a jogar.”

Segundo a terapeuta, os benefícios da jogatina são evidentes no tratamento. “É um procedimento difícil, doloroso e longo. Começamos com essa proposta no início deste ano e todos apresentaram diminuição de ansiedade, aumento da tolerância de dor, além do desenvolvimento do raciocínio. A própria equipe de enfermagem viu como a concentração no jogo resulta na diminuição da quantidade de analgésicos.”

“Os games ajudam os pacientes desmotivados. Nós [da equipe do hospital] sabemos que quando você tem algo na cabeça, o tratamento fica em segundo plano. Uma paciente adolescente nossa superou a depressão assim. Antes, ela não queria tomar banho, conversar ou sequer comer e com o jogo hoje ela espera as sessões de jogatina. É nesses momentos que você percebe a importância dos games.”

Por fim, Márcia ainda trabalha em um hospital psiquiátrico e pretende também levar o projeto adiante: “É incrível a adesão que a dança faz, por exemplo. Jogos são ótimos para qualquer um.”

Fonte: IGN Brasil
Créditos: Barbara Gutierrez