Aqui e Agora

Morre o jornalista Gil Gomes, em São Paulo, aos 78 anos

De acordo com informações do programa Balanço Geral, o comunicador de 78 anos estava internado e perdeu muito a vitalidade e as forças.

O jornalista Gil Gomes morreu na manhã desta terça-feira (16/10), em São Paulo, após uma série de complicações de saúde. De acordo com informações do programa Balanço Geral, o comunicador de 78 anos estava internado e perdeu muito a vitalidade e as forças. Ele contava apenas com o apoio da família. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento dele.

Uma das últimas aparições do profissional foi no programa Domingo Show, da Rede Record. O radialista sofria com o mal de Parkinson. Em uma declaração de 2016, quando voltou ao trabalho depois de 11 anos fora das telinhas, ele chegou a revelar que estava sofrendo. “Passei os últimos anos sentado em uma poltrona, esperando a morte, mas agora voltei e estou feliz”, contou ao programa Sensacional, da RedeTV, naquele ano.

Especialista em jornalismo policial no rádio, Gil Gomes disse em entrevistas que chegou a ser preso mais de 30 vezes durante o regime militar. “Terminava o programa e a viatura da Polícia Federal vinha me buscar”, contou.

Rádio e jornalismo policial
Paulistano nascido e criado na Mooca, Gil Gomes nasceu em 13 de junho de 1940. Além de jornalista era radialista e bacharel em Direito. Na juventude, ele sofria de gagueira e, para superar o problema, tentava imitar os locutores esportivos que ouvia pelo rádio. O método funcionou graças à própria força de vontade. Foi então convidado a ser locutor nas quermesses da igreja, quando descobriu que a comunicação era sua vocação. Abandonou assim a ideia de ser médico, como desejava o pai.

Na televisão, ele se destacou e foi bastante reconhecido pelo programa e pelo bordão ‘Aqui Agora’. O jornal diário era bastante popular no formato e na linguagem, onde Gil aparecia ao lado de Sônia Abrão, Celso Russomanno, Jacinto Figueira Júnior (o homem do sapato branco), Wagner Montes, entre outros.

No Aqui Agora, ele dava ênfase a reportagens sobre acidentes graves e crimes, onde teve um papel destacado: foi onde aprimorou o visual, a voz e o gestual que caíram no gosto do grande público e serviram de inspiração para os imitadores dos programas de humor.

Em 2005, o comunicador afastou-se de alguns familiares, dos amigos e da profissão que tanto amava. Os quase 50 anos de carreira foram encerrados pelo mal de Parkinson.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles