Tratamento

'Milícia não recebe o tratamento devido no Rio de Janeiro', afirma Marcelo Freixo

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (14), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) disse que a sensação de receber mais uma ameaça de morte na semana em que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Jaeniro completa 10 anos é "muito ruim e triste".

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (14), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) disse que a sensação de receber mais uma ameaça de morte na semana em que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Jaeniro completa 10 anos é “muito ruim e triste”.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura um novo plano para executar o deputado estadual. A articulação foi descoberta após uma ligação para o Disque Denúncia e divulgada nesta quinta-feira (13). Se referindo à atuação das milícias em várias regiões do Rio de Janeiro, o deputado disse que é inadmissível que uma parcela imensa da população do RJ não tenha a liberdade de ir e vir e nem sequer possa comprar um botijão de gás.
Segundo Freixo, essa população está “ameaçada e silenciada”.

“Não é crise só da segurança pública, é uma crise da democracia. A milíca é um dos poucos grupos que transformam o domínio territorial em domínio eleitoral. Interessa muita gente para além da milícia. Por isso, talvez não seja tão enfrentada como deveria ser. Por isso dificilmente algum governador oferece um plano para enfrentar e reduzir o poder das milícias”.

Freixo também comentou a ação da polícia nesta sexta-feira para cumprir mandados de busca contra o vereador Marcello Siciliano (PHS), suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, assassinada em março junto com o motorista Anderson Gomes.
“Porque mataram Marielle? São nove meses, não são nove dias. Ela não teve atuação destacada em áreas de milícia. Houve um trabalho de uma assessora dela sobre regulação fundiária, mas nem chegou a ser concluída”, disse.
Indagado sobre a ligação entre a morte da vereadora e a atividade de milicianos, Freixo disse que, particularmente, não acredita nesse vínculo. Segundo o deputado, Marielle era muito jovem e atuou nos bastidores da investigação.

“Olha, a marielle trabalhou comigo 10 anos. A Marielle tava na minha equipe quando eu fiz a CPI das Milícias. Ela nao teve uma atuação… até porque ela era muito jovem na época, dentro da minha equipe, na CPI das Milícias. Então, ela atuou muito nos bastidores. Não vejo nenhuma possibilidade da morte da Marielle ter algum vínculo em relação ao nosso trabalho com as milícias. Eu, particularmente, não vejo isso”, explicou Freixo.

Fonte: O Globo
Créditos: O Globo