MINERAÇÃO

Filha do deputado Durval Ângelo está entre presos no Zimbábue

O grupo, que participava de visita a uma região de mineração de diamantes em Mutare, no Zimbábue, foi levado por um ônibus da polícia local a uma prisão da cidade

A filha do deputado estadual Durval Ângelo (PT), Maria Júlia Gomes Andrade, está entre os três brasileiros presos nesta sexta-feira (10), no Zimbábue. Junto com ela, foram detidos  frei Rodrigo Peret, da Comissão Pastoral da Terra de Uberlândia, e Jarbas Vieira, do Movimento de Atingidos pela Mineração. Outras 19 pessoas de cinco países africanos também foram presas.

O grupo, que participava de visita a uma região de mineração de diamantes em Mutare, no Zimbábue, foi levado por um ônibus da polícia local a uma prisão da cidade, a 270 quilômetros da capital, Harare, na fronteira com Moçambique. Eles participavam de atividade de intercâmbio do Diálogo dos Povos Brasil e América Latina.

Segundo Durval Ângelo, a filha, que é antropóloga, e os outros presos estão há mais de dez horas aguardando para serem ouvidos pela polícia. “Estou atento, esperando, aguardando com o coração apertado, mas torcendo para que nada grave aconteça”, afirmou o parlamentar.

A alegação para a prisão do grupo é de que estariam violando uma área de propriedade privada, que pertence a uma mineradora chinesa, que explora diamante na região. No entanto, a atividade era realizada em uma comunidade onde vivem cerca de 6.000 pessoas.

Maria Júlia atua em movimentos dos atingidos por barragem, especialmente dos atingidos pela barragem do rio Doce. O petista disse que a filha trabalha como professora, dá cursos em outros países e participa de encontros sobre mineração. “Ela foi a esse encontro de solidariedade a comunidades pobres. O Zimbábue vive uma situação muito especial, porque 80% da população está desempregada e faz bicos na área de mineração. Então, minha filha participa dessas gestões de solidariedade, nessas interlocuções e ela é especialista em atingidos por mineração”

O Itamaraty já foi informado sobre as prisões.

Fonte: O tempo
Créditos: ANGÉLICA DINIZ- O Tempo