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Dólar cai antes das eleições e fecha a R$ 3,655, menor valor em cinco meses

É o menor valor em cinco meses, desde 24 de maio, quando a moeda norte-americana valia R$ 3,648, e a maior desvalorização percentual diária em mais de duas semana –em 9 de outubro, caiu 1,47%. 

dólar comercial emendou a segunda queda e fechou esta sexta-feira (26) em baixa de 1,31%, cotado a R$ 3,655 na venda. É o menor valor em cinco meses, desde 24 de maio, quando a moeda norte-americana valia R$ 3,648, e a maior desvalorização percentual diária em mais de duas semana –em 9 de outubro, caiu 1,47%.

Foi a última sessão antes do segundo turno das eleições presidenciais.

Com o recuo desta sexta, o dólar termina a semana com queda acumulada de 1,62%, na sexta baixa semanal seguida. Na véspera, a moeda perdeu 1,15%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Eleições no Brasil

Na última sessão antes das eleições de domingo (28), investidores avaliaram que o cenário mais provável é o de vitória de Jair Bolsonaro (PSL). Pesquisa Datafolha divulgada na noite de quinta-feira (25) apontou o candidato do PSL com 56% dos votos válidos contra 44% de Fernando Haddad (PT).

Apesar de a diferença entres os candidatos ter diminuído, a percepção do mercado é de que não há tempo para Haddad conquistar a quantidade de votos necessária para vencer.

O mercado considera que Bolsonaro faria um governo mais comprometido com reformas econômicas e com o controle de gastos, devido, principalmente, ao perfil liberal de seu principal assessor econômico, Paulo Guedes.

Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.

Cautela no exterior

No exterior, o clima era de cautela após os Estados Unidos informarem que sua economia cresceu a uma taxa anualizada de 3,5% no terceiro trimestre, superando as expectativas de analistas.

Os números alimentaram as preocupações com uma possível aceleração no ritmo de alta dos juros no país. Taxas maiores nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em outras economias, como a brasileira. Isso criaria uma tendência de alta do dólar por aqui.

Atuação do BC

O Banco Central realizou nesta sessão leilão de até 7.700 contratos de swap cambial tradicional, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 7,315 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Fonte: Reuters
Créditos: Reuters