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Caixa volta a suspender financiamento habitacional com FGTS

O banco havia paralisado novas contratações no início de maio por falta de recursos

A Caixa Econômica Federal voltou a suspender a linha de financiamento habitacional pró-cotista – que oferece aos trabalhadores que têm conta do FGTS juros mais baixos (de 8,66% ao ano na compra da casa própria). O banco havia paralisado novas contratações no início de maio por falta de recursos, mas reabriu a modalidade depois que o Ministério das Cidades realocou R$ 2,54 bilhões do programa Minha Casa Minha Vida. Para 2017, a linha pró-cotista contava com um orçamento inicial de R$ 5 bilhões, mas os valores já foram contratados integralmente., segundo a Caixa.

“A Caixa Econômica Federal informa que estão suspensas as contratações de novas operações da linha de crédito Pró-Cotista – Recursos FGTS, em razão do comprometimento total do orçamento disponibilizado pelo Conselho Curador do FGTS para o exercício de 2017”, informou a Caixa em nota.

Segundo uma fonte do governo, o FGTS não tem margem para liberar novos recursos a fim de demanda na linha pró-cotista porque está compromissado com o pagamento das contas inativas, que reduziu suas disponibilidades. A estimativa é que o volume total sacado do Fundo fique na casa R$ 50 bilhões – acima da previsão inicial (de R$ 43,6 bilhões). O calendário de pagamento termina no fim de julho.

A Caixa nega que a suspensão da linha pró-cotista tenha relação com o pagamento das contas inativas do FGTS.

A solução, destacou a fonte, será a Caixa indicar onde tem há recursos parados para que o Ministério das Cidades possa fazer um novo remanejamento. Para reativar a linha pró-cotista no mês passado, a pasta direcionou para a modalidade verba prevista para uma nova faixa do programa Minha Casa Minha, destinada a famílias com renda entre – entre R$ 7 mil e R$ 9 mil, criada recentemente para a classe média.

Na linha pró-cotista, não há limite de renda do tomador, que pode financiar imóveis de até R$ 950 mil nos estados do Rio, Minas Gerais e São Paulo; nos demais, o limite é de R$ 800 mil. No caso de imóveis novos, a quota de financiamento é de 90%; para usados, de 85%.

Fonte: Extra Online