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Brasil tem registro positivo na criação de postos de trabalho em quatro das cinco regiões do país

Em relação aos dados regionais, houve registro positivo na criação de postos de trabalho em quatro das cinco regiões do país. A região sudeste liderou com a criação de 216.110 vagas formais, seguida pelas regiões Sul (87.651), Centro-Oeste (65.189) e Norte (1.965)

Região Nordeste foi a única região que apresentou perda de emprego

A falta de oportunidade no mercado de trabalho atinge de forma desigual diferentes grupos sociais e regiões do país. Embora, essa ainda seja uma realidade preocupante, no primeiro semestre de 2018, o Brasil criou mais de 340 mil vagas formais de emprego, ou seja, vagas de carteira assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged) e foram divulgadas pelo Ministério do Trabalho.

Esse saldo positivo é a diferença entre as contratações (7.649.948) e as demissões (7.305.891). Apesar do cenário favorável, houve uma perda de postos de trabalho formais em todos os níveis de escolaridade abaixo do ensino médio, o que confirma, que quanto menor a escolaridade, maior a chance de ficar desempregado. No último semestre, foram geradas 240.174 novas vagas para trabalhadores com ensino médio completo ou incompleto.

Um fato curioso sobre os dados do Caged foi que o saldo de empregos criados no mercado de trabalho neste período foi bem maior entre as pessoas com o ensino médio completo – o equivalente a 235.749 vagas. Para pessoas com ensino superior completo esse número foi de apenas 130.858. Mas vale lembrar que a maior parte a população brasileira não tem curso de graduação no currículo.

Adriana Lima Torres, 32 anos, ainda não tem o ensino médio completo, mas já conseguiu um emprego de carteira assinada. “Estou trabalhando há um mês como cozinheira”, comemora. Ela contou que conseguiu esse emprego porque foi indicada por seus familiares, mas acredita que se não tivesse essa ajuda, até hoje estaria desempregada. “Os contratantes estão em busca de profissionais com qualificação. Por esse motivo, estou tão empenhada em terminar logo o meu ensino médio”. Futuramente, ela pretende fazer uma faculdade de Nutrição para poder somar conhecimentos dessa área com seu trabalho de cozinheira.

Alcione Pereira de Oliveira, 37 anos, acabou de concluir o seu ensino médio, mas desde 15 anos trabalha com carteira assinada. “Eu comecei a trabalhar muito cedo e sempre me mantive no mercado de trabalho”. Alcione decidiu que iria concluir o seu ensino médio em busca de uma qualificação e pretende fazer uma graduação em Gestão Comercial. “A qualificação é necessária para estabilidade. Se eu não tivesse concluído os meus estudos, a qualquer momento, poderia perder o meu emprego”, explicou.

Em relação aos dados regionais, houve registro positivo na criação de postos de trabalho em quatro das cinco regiões do país. A região sudeste liderou com a criação de 216.110 vagas formais, seguida pelas regiões Sul (87.651), Centro-Oeste (65.189) e Norte (1.965). No primeiro semestre de 2018, a região Nordeste foi a única região que apresentou perda de emprego. Na Paraíba, o saldo foi negativo, com uma perda de mais de 6 mil postos de trabalho.

Confira o número de vagas de trabalhos formais de acordo com o grau de escolaridade:

Período: Jan a Junho de 2018

  1. Analfabetos: – 4.596
  2. Até o 5º incompleto: – 9.677
  3. 5º completo: – 7.572
  4. 6º a 9º fundamental: – 4.041
  5. Fundamental completo: – 25.968
  6. Médio incompleto: 4.425
  7. Médio completo: 235.749
  8. Superior incompleto: 24.879
  9. Superior completo: 130.858

Fonte: Ascom Educa Mais Brasil
Créditos: Bárbara Maria