Palavras duras

Ao lado de Bolsonaro, Macri chama Nicolás Maduro de ditador

Em encontro com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que o ditador Nicolás Maduro quer se perpetuar no poder na Venezuela com “eleições fictícias”.

Em encontro com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que o ditador Nicolás Maduro quer se perpetuar no poder na Venezuela com “eleições fictícias”.

“Compartilho a preocupação com os venezuelanos, afirmamos nossa condenação a ditadura de Nicolás Maduro. Não aceitamos esse escárnio com a democracia, e menos ainda a tentativa de vitimização de quem na verdade é o algoz. (…) A comunidade internacional já se deu conta. Maduro é um ditador que tenta se perpetuar no poder com eleições fictícias, prendendo opositores e levando os venezuelanos a uma situação desesperadora e angustiante.”

Macri disse ainda reconhecer apenas a Assembleia Nacional como a “única instituição legítima na Venezuela, eleita democraticamente” pelo povo venezuelano.

Na terça-feira (15), a Assembleia Nacional da Venezuela considerou Maduro “usurpador” do cargo de presidente da república. Com essa declaração do Parlamento, segundo a agência EFE, funcionários, policiais e integrantes das Forças Armadas passam a ter respaldo legal para desobedecer o regime de Maduro.

Ao citar a crise da Venezuela como exemplo, Bolsonaro ressaltou “convergência de posições e igualdade de valores” entre os dois países. “Não há tabus na relação bilateral, o que nos move é a busca por resultados concretos para o crescimento dos dois países e para o bem-estar de suas populações”, disse Bolsonaro.

O encontro com Macri é a primeira visita oficial de um chefe de Estado ao Brasil desde a posse de Bolsonaro. Além da crise na Venezuela, os presidentes discutiram temas como seguranças, fronteiras, acordos comerciais e a flexibilização do Mercosul. Macri disse honrar o compromisso político com o bloco comercial, “sempre pensando na importância de criar emprego e oportunidades”.

Na cerimônia no Palácio do Planalto, Brasil e Argentina assinaram acordo de revisão do tratado de extradição entre os dois países. O texto tem o objetivo de agilizar o trâmite do processo, “sem passar pelos canais diplomáticos”. “Às vezes tem uma situação urgente. Precisa prender o cara. E, se você seguir o canal diplomático, acontece igual o [Cesare] Battisti”, afirmou o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Macri chegou ao Palácio do Planalto por volta de 10h30 desta quarta-feira (16). A intenção segundo Bolsonaro é “reforçar os laços de amizade com essa nação irmã”.

Fonte: HuffPost Brasil
Créditos: Grasielle Castro