PSDB moverá ação por ida de ministros à sabatina na CNI

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O PSDB vai entrar com uma ação para questionar a ida de vários ministros do governo federal ao evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado na tarde desta quarta-feira, 30, em Brasília, para sabatinar candidatos à Presidência da República. O encontro serviu para a CNI apresentar as propostas de mudança na política econômica da indústria aos três presidenciáveis que lideram as pesquisas: a presidente Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

“Estou fazendo um levantamento dos ministros do governo federal e de todos os funcionários públicos que estavam no ato de campanha durante horário de trabalho”, afirmou Aécio Neves.

Conforme informou mais cedo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a plateia de ouvintes de Dilma na CNI incluiu os ministros da Previdência, Garibaldi Alves Filho; do Desenvolvimento, Mauro Borges; da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina; da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; de Comunicação Social, Thomas Traumann; e da Fazenda, Guido Mantega. O vice-presidente Michel Temer também integrou a comitiva presidencial, além dos presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho; e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. O grupo de Dilma incluiu, ainda, parlamentares da base aliada e a equipe da campanha, como o presidente do PT, Rui Falcão.

Ao ser questionado se estava acompanhando a sabatina como representante do comitê de campanha petista, o ministro Garibaldi Alves disse que foi convidado pela CNI. “Eu vim de curioso, porque recebi um convite da CNI”, afirmou, sobre a saída no meio do expediente.

Rui Falcão, por sua vez, justificou a presença dos ministros no evento em horário de expediente como “normal”, por ser um encontro com empresários e não um ato de campanha. Segundo o presidente do PT, a ida dos ministros à sabatina não feriu nenhuma lei sobre o trabalho de servidores públicos. “Eles (ministros) vieram ouvir os empresários. Se tivesse algum problema, eles não teriam vindo”, disse.

Estadão